Por que acontece tantos casos de estupros? Por que as pessoas matam, violentam e se drogam? De quem é a culpa?
Há uma semana estou tentando digerir essa história do estupro coletivo cometido por #33 homens. Há tempos venho tentando digerir comentários das pessoas na internet, whatsapp sobre tudo. Política, racismo, piadas infames. E agora mais essa, sobre o estupro. Ao mesmo tempo que a internet nos aproxima um do outro, também nos aproxima da imbecilidade e boçalidade do outro. Nesse mundo digital conhecemos um pouco o lado B do seres humanos, porque é através da internet que rostos ganham vozes. E, gente, como essas vozes são boçais. É impressionante como em pleno século 21 o mundo ainda reaja com tanto descaso, tanto preconceito.
Dessa história toda dos #33 estupradores, muita coisa me deixa absurdamente incrédula. Uma jovem foi estuprada. Não importa se foi 1, 2, 33. É fato. Foi estuprada. E isso acontece a cada 11 minutos no Brasil. Como uma mulher é estuprada, violentada e ainda não tinham, até domingo passado, prendido nenhum suspeito?! Gente, os caras não só filmaram a barbaridade, como compartilharam nas redes sociais orgulhosos do seu feito. Além de tirar sarro da vítima, isso indica sarro da sua cara, da minha, da polícia, da sociedade em geral, porque ao fazerem isso eles acreditam fielmente que não serão punidos. Desconfio que devem ter razão, afinal por que não prenderam os caras na hora que esse vídeo vazou na internet?! O negócio tomou uma proporção imensurável no mundo e simplesmente ninguém tinha sido preso até outro dia. Impressionante e assustador, muitas pessoas culparem a vítima e não os agressores. Simplesmente porque os ignorantes acham que “as meninas que vão para o funk procuram isso; a mulher não se dá o respeito vestindo certas roupas; se tivesse lavando louça em casa, não teria sido estuprada; etc, etc, etc”. Oi? Para o mundo que eu quero descer! Aliás, que mundo é esse? É o mundo no qual a palavra da mulher não tem valor. Clique e continue lendo!
Sexta-feira passada comecei o dia bem. Acordei ao lado dos meus dois filhos amados, até postei uma foto nas redes sociais dizendo o quanto Benjamin é fofo com a irmã, o quanto é bacana ver a relação deles se construindo. Levantamos, preparei o café da manhã, tomamos, ajeitei as coisas e fui me arrumar. Benjamin sempre prestativo disse que ficaria brincando com a Stellinda. Era dia de pediatra e quando estava perto de sairmos, começou um daqueles momentos que ninguém vê. Benjamin começou fazer a maior birra dos últimos tempos. Benjamin é uma criança de ouro, muito comportada, boazinha, educada, mas ele tem tido momentos de birras. Ele nunca fez birra em público (meu maior pavor) e a birra aqui não é algo constante, no entanto, quando acontece dura um tempo interminável e nunca acaba como eu gostaria.
Geralmente, começam do nada e mesmo que eu o alerte sobre seu comportamento, ele continua. Não foi diferente na última sexta. Falei e respirei fundo uma, duas, três, quatro, cinco vezes e nada dele parar. Ele começou a gritar e eu perdi a paciência. Pareço boa mãe, mas fiz uma ameça horrível: “Benjamin, o prédio inteiro está ouvindo você gritar desse jeito, vão chamar a polícia pra mamãe. Quer que eu seja presa?!”. Obviamente ele disse que não, mas esse aviso não foi suficiente para ele parar. Pela primeira vez na vida, senti vontade de dar umas boas palmadas no Benjamin, mas eu continuava a respirava fundo. Stella só olhava atenta a tudo. Chegamos no carro e Benjamin continuava chorando e gritando. Foi terrível. Fiquei tão nervosa que mal conseguia dirigir. E nesse meio-tempo já havia dado a sentença a ele: sem televisão o final de semana inteiro, de sexta a domingo. Clique e continue lendo!
É preciso ter muita força de vontade para mudar a rotina do filho
Faz 8 meses (ou mais) que não levo meu filho ao pediatra.
Faz uns 3 meses que preciso levá-lo ao dentista e não marco.
Meu filho está dormindo tarde.
Estava dormindo no nosso quarto.
Porque ele diz que tem medo do escuro e de monstros. E eu, mãe, no momento, não tenho coragem de brigar com esses monstros. Toma banho tarde e com a gente (num revesamento entre eu e marido). Está assistindo TV mais do que o permitido aqui em casa. Aos 3 anos e meio joga vídeo-game.
Se deixar não larga o celular do pai (porque o meu eu não deixo pegar). Coisa para qual é a única que estou batalhando para limitar tempo. Está brincando menos ao ar livre.
E tudo isso tem me consumido. Não me orgulho nada. E tenho buscado energia para reverter essas situações. Todos os dias sou confrontada com aquela interrogação: sou uma boa mãe? se estou assim com um filho, como será com dois? Clique e continue lendo!
Eu não tenho religião (e tenho dificuldade para falar a respeito), embora tenha casado na igreja católica e tenha batizado o Benjamin na mesma igreja. Sempre acreditei que existe algo muito maior que rege tudo a nossa volta. Acredito em vida após a morte e em outras vidas – prefiro acreditar nisso a ter que viver uma vida inteira pensando que quando eu morrer, serei enterrada cremada e puft…acabou-se tudo.
Meu pai é ateu e minha mãe tem fé. Ela já teve todas as religiões possíveis até que se encontrou na Seicho-no-ie. É pra ela que recorro quando preciso que intercedam por mim. Simpatizo com o espiritismo, catolicismo e, principalmente, com o budismo – por muito tempo meu ídolo foi Dalai Lama e conservo vários livros que li dele.
Eu vivo dizendo que minha vida se divide em antes e depois do Benjamin. Parece óbvio, mas realmente sinto uma transformação não só comportamental, mas algo lá dentro de mim. Já me peguei diversas vezes falando “eu acredito nos seres humanos agora que tenho Benjamin; depois dele passei a agradecer mais”; e assim por diante. Clique e continue lendo!
Formada em jornalismo e se especializando em maternidade. Nesse blog, além de registrar o desenvolvimento dos meus filhos Benjamin (8 anos) e Stella (4), compartilho minhas experiências como mãe, jornalista e empreendedora.